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O que distingue os processos de imunidade humoral dos processos de imunidade mediada por células

Page history last edited by Daniela Pereira 11 years ago Saved with comment

 

Imunidade Humoral

 

     A imunidade humoral faz parte da imunidade adquirida que se baseia na diferenciação dos linfócitos em diferentes locais a partir de linfoblastos (células precursoras que são produzidas na medula vermelha). 

 

     A imunidade humoral tem como efetores os linfócitos B. Este tipo de células reconhece uma grande variedade de diferentes antigénios, como por exemplo bactérias, toxinas produzidas por bactérias, vírus e moléculas solúveis. 

 

     Os Linfócitos B reconhecem uma vasta variedade de antigénios, devido aos recetores que se encontram na respetiva membrana. Estes recetores que até então não tinham tido contacto com os antigénios, passam a ter, e quando isto acontece os linfócitos experimentam uma sequência de modificações a fim de produzirem grandes quantidades de imunoglobulinas (recetores da membrana) idênticas ao seu recetor, que vão atuar no meio extracelular. 

 

 

                                                                                                          Figura 1 - Linfócito B 

                                    http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-imunologico/imagens/sistema-imunologico-17.jpg

 

 

     Na imunidade humoral ocorrem diferentes fases:

 

  1. Ativação dos linfócitos B - Quando o antigénio entra no organismo, e ao encontrar os linfócitos B, vai estimular aqueles que na membrana têm recetores que possam atuar. 
  2. Proliferação clonal dos linfócitos ativados - Cada linfócito entra em vários ciclos celulares e, após várias mitoses, origina clones que por sua vez se vão expandir.
  3. Diferenciação dos Linfócitos B - Uma parte das células de cada clone diferencia-se em plasmócitos que, ativos, produzem milhares de moléculas de anticorpos, por segundo. Mas nem todos os linfócitos B se diferenciam em plasmócitos, pois muitos constituem células de memória que ficam inativas, mas prontas para responder a um antigénio que possa eventualmente reaparecer no organismo.

 

       

     Os anticorpos são também chamados de imunoglobulinas. As imunoglobulinas são de diferentes formas dando-se o nome de isotipo ou classes. Os diferentes tipos distinguem-se pelas suas propriedades, tanto biológicas como de localização e ainda pelas funcionalidades e habilidades para lidar com os vários antigénios. São constituídas por duas cadeias pesadas, unidas a uma cadeia leve, através de duas pontes de enxofre e mais duas cadeias pesadas unidas entre si.

     Estes anticorpos possuem uma zona variável que determina a que antigénio se unirá o anticorpo. A zona que não varia, ou seja, a zona constante,  determina  a classe do anticorpo. 

 

 

Classes da imonoglobulinas

 

 

Classe  Representação  Ocorrência  Funções 
 IgG   É a lg mais abundante no plasma humano e na linfa intersticial. Atravessa a placenta, permitindo que a mãe transfira a sua imunidade para o feto. Está presente também no colostro.  Tem um papel vital na proteção do recém-nascido contra possíveis infeções (provenientes de bactérias, vírus e toxinas)
 IgM  

Está presente no plasma 

(Na forma livre existe, exclusivamente, no soro)

 

É a primeira lg a surgir após a exposição a um antigénio.  

Por ser constituído por cinco unidades torna-o muito eficaz no combate inicial aos antigénios.

 

 IgA  

Encontra-se nas lágrimas, na saliva, nas secreções respiratórias e gástricas, no leite, no suor, no suco intestinal e no muco que reveste as mucosas.

(Existe em baixa concentração no sangue e no soro) 

Protege os locais de entrada do organismo dos agentes patogénicos.
 IgD    Está presente na superfície dos linfócitos B.
(No soro aparece em concentrações muito baixas) 
  Funciona como recetor antigénio nos linfócitos B e estimula os mesmos a produzir outros tipos de anticorpos.
 IgE   

 Surge nos mastócitos presentes nos tecidos, ligando-se às extremidades opostas aos locais de reconhecimento de antigénios.

 Pode aparecer no leite, na saliva, as lágrimas e nas secreções respiratórias e gástricas)

 Controla a libertação de substâncias, como a histamina, que podem desencadear reações alérgicas. 

 

 

 

      Estrutura de um anticorpo:

  • os anticorpos possuem uma estrutura globular;
  • são compostos por 4 cadeias polipeptídicas e idênticas 2 a 2;
  • são representados normalmente por Y.

 

     

     Constituição de um anticorpo: 

 

                                                                                         Figura 2 - constituição de um anticorpo

                                                http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_16/images/cap167_fig3.gif

 

 

 

  Os anticorpos têm diferentes maneiras de atuar na defesa imunitária do nosso organismo:

 

 

     Os anticorpos são incapazes de destruir diretamente os invasores portadores de antigénicos. O que se passa na realidade é que eles (os anticorpos) "marcam" as moléculas das células estranhas, que posteriormente são destruídas por uma série de processos, ou então, podem fixar-se sobre estas células, não com o intuito de as destruir mas sim para limitar a sua multiplicação e a sua poliferação.

     Assim da interação antigénico-anticorpo  podemos destacar algumas das diferentes consequências em termos imunitários, das quais:

 

  • Aglutinaçãoé uma reação específica, de tal forma que cada anticorpo reage apenas com seu correspondente antigénio, através desta ação é possível identificar corretamente  bactérias desconhecidas, fazendo com que os agentes portadores de antigénicos fiquem neutralizados e se tornem inofensivos. 

  • Precipitação: caso o antigénio possa ser uma molécula solúvel, como por exemplo, uma toxina bacteriana, como resultado pode ocorrer a formação de complexos imunes insolúveis que precipitam.

  • Intensificação directa da fagocitose: o complexo anticorpo/antigénio aumenta a actividade de células fagocíticas, desta forma vai facilitando a invaginação e a endocitose;

  • Neutralização directa de vírus e toxinas bacterianas: existem certas moléculas que em solução podem funcionar como antigénios, a formação do complexo antigénio/anticorpo neutraliza-os, (os antigénicos), designando-se o anticorpo antitoxina;

  • Activação do sistema complemento – com  ligação do complexo antigénio/anticorpo à membrana de uma bactéria, é possível a ligação de proteínas do sistema complemento à parte constante do anticorpo passa a ser possível, assim desencadeiam-se reacções que culminarão com a formação de poros na membrana e lise celular.

 

 

Figura 3: anticorpos

http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/anticorpos.htm

 

     Este vídeo resume em 52 segundos o que ocorre no interior do nosso organismo quando a Imunidade Humoral passa a ser necessária, passando assim a ser a nossa conclusão.

 

 

            

http://www.youtube.com/watch?v=kZrAm3Ho6Lc

 

 

Imunidade Mediada por células

 

 

     A imunidade mediada por células é um processo que resulta da intervenção dos linfócitos T que possuem recetores membranares específicos, designados por recetores T. Contudo, estes linfócitos só reconhecem antigénicos que estão presentes na superfície das células do nosso organismo ligados a moléculas identificadoras do indivíduo, como parasitas multicelulares. ex: fungos, células cancerosas, tecidos acrescentados e órgãos transplantados. Para além desta ser a base de reconhecimento dos nossos próprios antigénicos é também a partir desta base que há o reconhecimento de antigénicos que nos são estranhos quando apresentados por células apresentadoras a células especializadas.

 

 

Fig 4: Apresentação do antigénio 

http://bioesc.files.wordpress.com/2009/11/antigc3a9nio-macrc3b3fago.jpg

 

 

 

     Existem vários linfócitos T com funções específicas, sendo os mais importantes:

 

  • Linfócitos T auxiliares - produzem substâncias químicas que coordenam diferentes intervenientes de defesa específica;
  • Linfócitos T citotóxicos - destruem as células-alvo após o reconhecimento dos antigénicos existentes na sua membrana e que levaram à ativação desses linfócitos;
  • Certos linfócitos T supressores - moderam ou suprimem a resposta imunitária quando a infeção está debelada. 

 

 

        A imunidade mediada por células começa pela a ativação de um número reduzido de células T específicas. Uma vez que as células T são  activadas proliferam e diferenciam-se em um clone de células efectoras, uma população de células idênticas que são capazes de reconhecer o mesmo antigénio e reproduzir certos aspetos do ataque imunológico. Como resultado final da resposta imune, o invasor é removido.

       

       Num determinado momento, as células T encontram-se num estado inativo. Os receptores de antigénios  que se encontram na superfície das células T, chamados receptores de células T (RCT), reconhecem e ligam-se especificamente a fragmentos antigénicos estranhos que são apresentados na forma de complexos MHC-antigénios. Existem milhões de diferentes células T, cada um com um único RCT que reconhece um MHC antigénio específico. 

      Quando um antigénio entra no corpo, apenas um número reduzido de células T expressam os RTC que são capazes de reconhecer e ligar-se ao antigénio. O reconhecimento do antigénio envolve também outras proteínas de superfície presentes nas células T,  sendo essas proteínas a CD4 ou CD8. Estas proteínas interagem com os antigénios do MHC e ajudam a manter a ligação entre o TCR-MHC. Por esta razão, é que estes se chamam de co-receptores. O reconhecimento do antigénio pelo TCR com a proteina CD4 ou CD8  é o primeiro sinal de activação da célula T.

 

                     

                          Cooperação entre Imunidade Mediada e Imunidade Humoral 

 

 

     Quer os mecanismos de defesa Humoral quer os mecanismos de defesa mediada por células não são independentes um do outro e interagem de várias maneiras.

     Os linfócitos B e os linfócitos T influenciam-se um ao outro de várias formas. Por um lado, os anticorpos que são produzidos pelas células B podem facilitar ou diminuir a capacidade das células T atuarem, ou seja, de atacarem e destruírem as células invasoras. Pode também ocorrer que as células T auxiliares intensifiquem a produção de anticorpos pelas células B e que os linfócitos T supressores suprimam essa produção.

     Os linfócitos T nunca produzem anticorpos, no entanto, controlam a capacidade dessa produção (de anticorpos) por parte das células B.

 

 

 

                                               

 

Fig 5: Cooperação entre Imunidade Humoral e Adquirida 

http://3.bp.blogspot.com/_syPmkwMWie4/S-HgOwsAU-I/AAAAAAAAAD4/qlYPNIcEt8o/s1600/IMG_0003.jpg

 

 

 

Bibliografia:

http://www.slideshare.net/ilopes1969/imunidade-adquirida-humoral

http://www.unirio.br/dmp/Graduacao/Medicina/Imunologia/Estrutura%20e%20fun%C3%A7%C3%A3o%20dos%20anticorpos.pdf

http://www.infopedia.pt/$aglutinacao-(biologia)

http://simbiotica.org/imunidade.htm

http://www.infoescola.com/sistema-imunologico/anticorpos/

http://pt.scribd.com/doc/1026044/Imunidade-e-Controlo-de-doencas-
http://www.buenastareas.com/ensayos/Inmunidad-Mediada-Por-Celulas/2274974.html

Manual de Biologia 12º ano

 

 

 

 

 

 

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Comments (2)

Margarida Garcez said

at 11:38 pm on Mar 3, 2013

meninas eu coloquei o subtema "classes das imunoglobulinas" que acham ?
tive a ideia de fazer em tabela em que punha um esquema de cada uma e as funções e características , q dizem ?

Lúcia Cruz said

at 11:00 pm on Mar 4, 2013

Sim, acho bem :)

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